No espaço de cinco meses, as três estruturas de retaguarda à COVID-19 do distrito do Porto admitiram, no total, mais de três centenas de pessoas.
Estes espaços acolheram doentes, infetados ou não com o novo coronavírus, em condições de continuar a recuperação fora do internamento hospitalar, mas que não tinham retaguarda familiar e/ou condições nas suas casas ou nas instituições onde vivem (como utentes de lares).
“Foram 316 pessoas que não foram ocupar camas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). É certo que tivemos outros casos, como sociais, mas a maioria dos acolhidos, seguramente mais de 250, libertaram o SNS e muitos vieram sinalizados pelo SNS.”, afirma Marco Martins à agência LUSA.
A criação desta resposta foi possível graças ao esforço de várias autarquias do distrito e à cooperação destas com o Instituto de Segurança Social e a Administração Regional de Saúde do Norte. Este esforço e cooperação entre as diferentes entidades teve como resultado o facto de o distrito do Porto ter sido o primeiro a criar esta estruturas de retaguarda e o único a ter mais do que uma.
No distrito do Porto foram criadas três estruturas de retaguarda. Chegou ainda a ser anunciado, em novembro, um quarto espaço no Mosteiro de Santa Escolástica, em Santo Tirso, mas este não chegou a abrir.
Face ao abrandamento do contágio, já não são admitidos utentes, desde a passada segunda-feira, nas estruturas albergadas na Pousada da Juventude do Porto e no antigo Hospital de Paços de Ferreira. Já a Estrutura instalada no Seminário do Bom Pastor, a única a manter-se em funções daqui em diante, acolhe atualmente uma pessoa apenas.